Conheça como é o processo da Igreja Católica para tornar Carlo Acutis santo
A canonização é o reconhecimento oficial da Igreja Católica de que uma pessoa viveu de forma exemplar, em plena união com Deus, e pode ser venerada como santa em todo o mundo. Mas como funciona esse processo e por que ele é realizado?
O que é canonização
Canonizar significa inscrever o nome de alguém no “cânon” dos santos, isto é, na lista oficial da Igreja. A partir desse momento, o fiel é reconhecido como modelo de vida cristã e pode ser celebrado liturgicamente em todo o mundo.
Por que a Igreja canoniza
A canonização não é apenas uma honra pessoal ao falecido, mas um serviço à comunidade. Ao declarar alguém santo, a Igreja apresenta esse testemunho de vida como inspiração para todos os cristãos. Além disso, reconhece que essa pessoa intercede junto a Deus em favor dos fiéis.
Como funciona o processo de canonização
O caminho até a canonização é longo, criterioso e dividido em várias etapas:
Servo de Deus – A investigação começa na diocese onde o candidato morreu. São reunidos testemunhos, escritos e documentos sobre sua vida e virtudes. Se a fase inicial for aprovada, a pessoa recebe o título de Servo de Deus.
Venerável – O material é enviado ao Vaticano, onde a Congregação para as Causas dos Santos (atual Dicastério) analisa se o fiel viveu as virtudes cristãs de forma heroica. Se confirmado, o Papa declara-o Venerável.
Beato – Para a beatificação, é necessário o reconhecimento de um milagre atribuído à intercessão do candidato, após sua morte. A partir daí, a pessoa pode ser venerada localmente ou em grupos específicos da Igreja.
Santo – A canonização acontece quando um segundo milagre é comprovado. O Papa, em cerimônia solene, declara oficialmente a santidade do fiel. A partir de então, seu culto é permitido em toda a Igreja Católica.
O caso de Carlo Acutis
O jovem italiano Carlo Acutis, conhecido como o “influenciador de Deus”, já percorreu grande parte desse caminho. Ele foi declarado Servo de Deus em 2013, tornou-se Venerável em 2018 e foi beatificado em 2020 pelo Papa Francisco, após o reconhecimento de dois milagres, um no Brasil e o segundo na Itália.
Um processo que une fé e ciência
Todos os milagres apresentados passam por uma rigorosa investigação científica, médica e teológica. A Igreja busca garantir que não haja explicações naturais para o acontecimento antes de reconhecê-lo como sobrenatural.
A canonização é, portanto, um processo que une história, fé e ciência, sempre com o objetivo de oferecer à Igreja exemplos concretos de santidade e de vida cristã a serem seguidos pelos fiéis.
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