Santo Antônio: O dom da partilha

13 junho 2025

Hoje, dia 13 de junho, a Igreja celebra um dos santos mais populares do Brasil e do mundo, Santo Antônio. Eu, particularmente, tenho um carinho muito grande por este santo. Minha família tem uma grande devoção a Santo Antônio, é nosso grande protetor, meu pai era homônimo do santo e tenho um irmão com o mesmo nome.

Santo Antônio nasceu em Portugal e morreu na Itália, por isso é conhecido tanto como “de Lisboa”, como “de Pádua”. Em Coimbra foi ordenado sacerdote agostiniano, e já possuía o dom da palavra e força na pregação. Na mesma cidade viu os corpos de 5 franciscanos martirizados no Marrocos por anunciarem o Evangelho e se sentiu profundamente tocado, a ponto de pedir para ingressar na ordem.

Já franciscano, pediu para ser missionário no Marrocos, mas durante a viagem ficou muito doente e foi obrigado a voltar. Na viagem de volta, o barco onde estava foi atingido por uma forte tempestade que desviou a rota, e foi parar na Itália, em Pádua, onde até hoje estão depositadas as relíquias do santo, a língua e a faringe com as cordas vocais.

Santo Antônio era um exímio pregador, ele falava com tanto carinho de Jesus que o Mesmo lhe aparece nos braços acariciando Antônio e dizendo: “Quem dera se todos falassem tão bem de mim quanto você, os corações me amariam mais”.

Devido a sua popularidade, Santo Antônio tem o seu lado folclórico, tanto que ele é conhecido como santo casamenteiro, isso porque Antônio era um homem preocupado com os dotes das moças, lembremos que naquela época, uma mulher sem dote não podia casar, o que não era apropriado, a mulher ou casava ou ingressava em um convento. Santo Antônio, então, zelava pela integridade da mulher e as ajudava quando precisavam.

Aliás, me permita fazer uma observação. É lícito e recomendável pedir, “Senhor, dai a graça de um bom namoro!” Até me debrucei sobre esse assunto no livro Combate Espiritual, no capítulo 4, porque o namoro deve ser um amadurecimento da relação para avançar cada vez mais, passando pelo noivado até chegar ao casamento. Então, homens e mulheres, peçam discernimento no namoro, para um casamento saudável.

Santo Antônio era também um homem preocupado também com os necessitados. Podemos dizer que ele foi o homem da partilha, tanto que é tradição em muitos lugares, no dia de Santo Antônio abençoar os pães que devem ser partilhados entre os familiares e amigos, pois esse grande santo nos ensina que a vida deve ser uma partilha e aqueles que não sabem partilhar, não sabe viver.

Isso podemos aprender de Antônio com um fato curioso. Certa vez, distribuiu aos pobres todo o pão do convento. O frade padeiro ficou em apuros, quando, na hora da refeição, percebeu que os frades não tinham o que comer. Surpreso, foi contar ao santo o ocorrido. Este mandou que verificasse novamente lugar em que os tinha deixado. O frade padeiro voltou maravilhado, os cestos transbordavam de pão, tanto que foram distribuídos aos frades do convento e aos pobres.

Aprendamos, filhos e filhas com esse grande santo, o dom a partilha. Aprendamos com ele a viver a prece: “Dai pão a quem tem fome e fome de justiça a quem tem pão”. Que sejamos livres do egoísmo e do individualismo, estando sempre abertos ao diálogo e ao próximo.

 

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